ILHAS DE PLÁSTICO NOS OCEANOS

Existem 5 ilhas gigantes de lixo plástico flutuando nos oceanos do planeta. Essas ilhas de lixo são formadas devido ao acúmulo de resíduos flutuantes, sendo plásticos em sua maioria, provenientes do descarte incorreto realizado em terra firme e do tráfego marítimo.

Isso ocorre devido os plásticos flutuarem nas correntes rotativas e ficam presos nos vótices destas correntes, em imensos redemoinhos, agrupados pelas correntes internas, formando ilhas de plástico no mar.

A primeira ilha de lixo foi descoberta no oceano Pacífico Norte, em 1997, pelo oceanógrafo norte-americano Charles Moore. Essa ilha tem uma superfície do tamanho da área da França, Espanha e Alemanha juntas. As outras ilhas de lixo foram descobertas no Atlântico Norte (2009), Índico (2010), Pacífico Sul (2011) e Atlântico Sul (2017).

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem alertado há muito tempo a comunidade internacional sobre os danos causados pelo lixo oceânico na economia e no meio ambiente. O plástico presente nos oceanos tem provocado à morte de mais de um milhão de animais por ano, e comprometido à subsistência de pequenas comunidades que vivem da pesca.

Além disso, prejudica a qualidade do ar, contamina a atmosfera e contribui para o aquecimento global, conforme aponta estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Havaí, em 2018, que descobriram que o polietileno, um dos plásticos descartáveis mais utilizados, emite o etileno e o metano, gases de efeito estufa, quando se descompõe ao sol.

Estima-se que o plástico flutuante represente 15% do total, enquanto 85% permanecem escondidos debaixo da água, em profundidades de até 11.000 metros ou, inclusive, preso no gelo do Ártico. O Fórum Econômico Mundial (WEF) prevê que em 2050, os oceanos poderiam conter mais plástico do que peixes.

Acabar com o plástico dos oceanos não é uma tarefa tão fácil, pois como se trata de um problema de larga escala, esta requer pesquisa científica, ação política e cooperação internacional. Mas, cada um de nós também pode contribuir para ajudar a amenizar esse problema, como por exemplo, reduzindo o consumo de plásticos, reutilizando e reciclando tudo o que puder sempre, além de realizar a coleta seletiva e investir na educação ambiental das pessoas.

Por: Patrícia Barbosa
Fonte: Iberdrola

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