Em todo o mundo, a construção civil é um dos principais responsáveis por impactos causados ao meio ambiente, principalmente porque tais impactos começam no “antes” e vão até o “pós-construção” e estão presentes em cada etapa da obra, antes mesmo de iniciá-la.

Como?
É preciso ser feita a extração de recursos naturais para fabricação do material que será utilizado: água, areia, brita, madeira, argila, aço, dentre outros. Na fabricação de cimento, que é um dos materiais mais usados na construção no Brasil, por cada tonelada de clinquer (a matéria-prima do cimento) são gerados mais de 600kg de gás carbônico. Sem contar com o que será emitido com o transporte de todo esse material até a obra.
Antes de iniciar uma construção geralmente são destruídas áreas verdes, impactando o ecossistema que será substituído por edificações, haverá o movimento de terra para deixar a área plana, e, só então, começa a parte principal da obra, onde serão utilizados água e energia ao extremo (no Brasil, 15% dos recursos hídricos são consumidos por construções).

Após a conclusão da edificação, temos que lidar com o resíduo sólido que foi gerado, já que a construção civil é a indústria que mais gera resíduo sólido no planeta. E, por fim, com tudo o que aquela edificação consumirá, em água, energia e emissão de gases. Estima-se que os edifícios são responsáveis por 40% do consumo de energia no mundo.
Aparentemente, nos parece que a construção civil é uma grande vilã disposta a acabar com os recursos da Terra, mas não é bem assim. A construção civil é uma parte primordial de nossa qualidade de vida e ela pode andar lado a lado com economia e a preservação ambiental, desde que bem planejada, com projetos sustentáveis, feita uma boa escolha de materiais e manipulação correta dos mesmos. A chave é planejamento sustentável e compromisso ambiental!

Por: Sabrinna Queiroz
Fonte: Blog Sustentarq