HORTAS RESIDENCIAIS

Membros do Projeto Escola Verde (PEV) deram continuidade às atividades relacionadas ao cultivo em hortas domésticas durante o mês de março do ano de 2021, nos municípios do Vale do São Francisco, Juazeiro-BA, Petrolina-PE e Salgueiro-PE. As ações mobilizaram cerca de 10 pessoas, entre integrantes do Núcleo Temático de Educação Ambiental Interdisciplinar e seus familiares. Foram cultivadas hortaliças como cebolinha, alface e coentro, dentre outras.

As hortas domésticas possuem manejo simples, necessitando de pouco espaço físico e baixo investimento financeiro para seu início e manutenção – sendo possível adaptar diversas técnicas de cultivo para apartamentos pequenos, por exemplo. O uso criativo e sustentável de recursos disponíveis pode influenciar, também, no menor investimento de recursos financeiros e no reaproveitamento de materiais potencialmente poluidores ao meio ambiente, como garrafas pet.

O cultivo residencial pode se beneficiar de materiais reciclados ao tempo que se torna um aliado nas ações de cuidado ambiental. Exemplo da Juciara Alencar, que a partir de vasos recicláveis e materiais simples, iniciou o cultivo de abacaxi e pimentão em casa.

Assim como a Patrícia Barbosa que utilizou para cultivo das suas plantas: garrafas PET, baldes quebrados/furados, recipientes de margarina e restos de madeira. Cultivo que iniciou após a pandemia mundial do COVID-19 no ano de 2020, como relata: “Desde o início da pandemia eu venho tentando cultivar um jardim em minha casa. Quando a pandemia começou havia apenas 4 plantas em meu quintal. Hoje, existem 16, só não tem mais porque o quintal é muito pequeno. Dentre essas plantas encontram-se ornamentais, em sua maioria, como samambaia, onze-horas, roseira, espada-de-São Jorge, comigo-ninguém-pode, etc.; plantas medicinais como babosa, hortelã, arruda, malva-do-reino e capim-santo. Também foi feito uma horta (cebolinha, alface e coentro) “, declarou Patrícia Barbosa.

O cultivo em hortas residenciais não possui, geralmente, objetivo comercial e atende bem às finalidades de consumo pessoal -alimentícia e medicinal – e de atividade recreativa. Outro ponto favorável aos iniciantes é que a atividade não exige experiência anterior como indicador de bons resultados, como relata a senhora Maria Dalva: “Apesar de meu filho ser iniciante nisso de mexer com as plantas, foi feito um bom trabalho” (mãe de André Martins, membro do NUTEAI).

Apesar de não exigir experiência, alguns cuidados podem favorecer o cultivo das hortas domésticas, como: o uso de mudas – que podem ser adquiridas em mercados especializados ou obtidas por meio da germinação das sementes; terra para cultivo, ou solo, no caso de contar com espaço físico, e adequada iluminação. Após o plantio, a rega, a poda e a prevenção de pragas são as atividades centrais de cuidado para o seu adequado desenvolvimento. Conhecimento sobre sinais de excesso ou falta de nutrientes, como o nitrogênio, o potássio, fósforo, entre outros, importantes para o crescimento e floração da planta, também podem favorecer o cultivo doméstico.

Participantes: Juciara Alencar, Erika Rodrigues Pinheiro, Anna Kelly Alves, André Martins, Patrícia Silva, Thiago Barreto, Icaro Amorim, Estevão Anatriello.

Por Priscila Cathlen
Categoria: Horta Agroecológica