As Doenças Cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Em 2016, foram 17 milhões de mortes, sendo 3,3 milhões associadas a danos causados pela poluição ambiental. Os principais mecanismos de lesão causados pela poluição são o Estresse Oxidativo e a ativação do Sistema Nervoso Simpático.
O estresse oxidativo resulta em disfunção dos vasos sanguíneos e liberação de citocinas, favorecendo a inflamação e a desestabilização de placas de aterosclerose. Além disso, também aumenta o risco para o desenvolvimento de dislipidemias e diabetes. O estímulo do sistema nervoso simpático, por sua vez, estimula a vasoconstricção e a agregação plaquetária, além de aumentar o risco de arritmias cardíacas.
Com a população mundial cada vez mais exposta a poluentes, devemos nos atentar à importância de reduzir a emissão e compreender os riscos à saúde que ela traz. São atitudes rotineiras que aumentam nossa exposição a poluentes: queima de material sólido para cozinhar ou se aquecer, como em lareiras ou fogões a lenha, principalmente em casas com pouca ventilação; morar ou trabalhar em área industrial com alta emissão de poluentes; tempo gasto no trânsito intenso; praticar exercícios ao ar livre próximo de fontes de poluentes.
Podemos tomar medidas para reduzir o impacto da poluição em nossa saúde cardiovascular, como a promoção da educação ambiental, o controle prioritário dos outros fatores de risco naqueles mais expostos à poluição, adotar práticas que reduzam a emissão de poluentes, evitar práticas de cozinha e aquecimento que utilizam queima de sólidos em locais fechados, fechar as janelas do carro quando parado no trânsito e praticar exercícios em locais mais afastados das fontes poluidoras, ou fora dos horários de pico.
Por: Igor Figueira e Thiago Reis
Categoria: Saúde Ambiental
Fonte: International Journal of Cardiovascular Sciences