A associação entre saneamento básico inadequado e arboviroses é corroborada por inúmeras pesquisas científicas há muito tempo.
Nesse sentido, a falta de saneamento básico é um grande problema e, mesmo não sendo o único implicado, sua resolução é um passo fundamental para o enfrentamento das epidemias.
A dengue é uma doença tropical infecciosa causada por um vírus, arbovírus, da família Flaviviridae, gênero Flavivírus e que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e uma erupção cutânea característica que é semelhante à causada pelo sarampo. Em uma pequena proporção de casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de morte, resultando em sangramento, baixos níveis de plaquetas sanguíneas, extravasamento de plasma no sangue ou até diminuição da pressão arterial a níveis perigosamente baixos.
A dengue é transmitida por várias espécies de mosquito do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. O Aedes aegypti é um mosquito urbano, tendo como criadouro, em geral, reservatórios de água parada, sejam para consumo humano ou formados naturalmente.
No entanto, mesmo em condições menos favoráveis, como na presença de esgotos, esses mosquitos conseguem se desenvolver, tornando esses esgotos a céu aberto um grande aliado dessas arboviroses.
No Brasil, a expansão desenfreada do ambiente urbano, aliado a falta de planejamento e investimento em infraestrutura corroborou com um ambiente com uma baixa taxa de saneamento, fato esse que culminou com uma maior expansão do mosquito vetor.
Segundo o IBGE (2019), 33,7% das residências não possuem esgotamento sanitário por rede geral ou fossa ligada à rede para escoamento de esgotos. Fica explícito o quanto o Brasil ainda precisa avançar em políticas públicas de saneamento, visto que ela não tem relação apenas com a dengue, mas com diversas outras doenças.
Fonte:
CYSNE, 2019.
SILVA & MACHADO, 2018.
Por: João Antonio
Categoria: Saúde Ambiental