Os resíduos de serviços de saúde, ou simplesmente lixo hospitalar, é todo tipo de rejeito proveniente do atendimento a pacientes ou de qualquer estabelecimento de saúde, tanto para seres humanos quanto para animais. O descarte desse tipo de material deve ser feito seguindo regras específicas que evitem contaminação ambiental.
São exemplos de lixo hospitalar, materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, peças anatômicas, seringas e outros materiais plásticos; além de uma grande variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e radioativas.
O principal risco ambiental do lixo hospitalar é representado pelo chamado lixo infectante, que possui presença de agentes biológicos.
Uma vez que esses materiais entram em contato com o solo ou a água, podem causar sérias contaminações no ambiente e danos à vegetação. O risco se torna ainda maior caso esses materiais contaminados entrem em contato com rios, lagos ou até mesmo com lençóis freáticos, fazendo com que o agente contaminante se espalhe, alcançando todos que entrarem em contato com essa água. Além do impacto causado por bactérias multirresistentes de origem hospitalar que podem causar graves infecções comunitárias.
Resíduos perfurocortantes contaminados, quando descartados de maneira incorreta, trazem um grande risco para aqueles que trabalham diretamente nos processos de coleta seletiva, armazenamento, tratamento e destinação dos resíduos.
Como descartar o lixo hospitalar?
É de extrema importância separar o lixo infectante do lixo hospitalar comum. Uma das práticas usadas é a incineração dos lixos infectantes. No entanto, esse processo, pode resultar em cinzas contaminadas com substâncias nocivas à atmosfera, como as dioxinas e metais pesados, que são altamente poluentes. Por conta disso, a esterilização é uma alternativa válida, porém é pouco utilizada devido ao custo elevado.
A colocação deste lixo em valas assépticas é considerada uma opção igualmente válida, porém o espaço necessário para isso e a devida fiscalização limitam o seu uso, fazendo com que muitos estabelecimentos ainda façam o descarte incorreto desses resíduos.
Em tempos de COVID-19 estes cuidados e informações são imprescindíveis para a promoção da saúde e conter a pandemia.
Por Emanuel Leite e Emilly Ribeiro
Categoria: Saúde Ambiental
Fonte:
CERRI, 2018.
FRÖHLICH, 2016;