DESMATAMENTO E SECA: REPERCUSSÕES NA SAÚDE HUMANA

Você sabia que o desmatamento aumenta o período de secas em áreas que já são naturalmente secas, como o sertão? E que as áreas que não sofrem com esse problema passam a sofrer os efeitos, como aconteceu no início desse século, na região sudeste?

Quais são as repercussões que o aumento da seca e alterações climáticas geram na saúde da população?

As epidemias infecciosas são comuns principalmente quando se refere ao aumento do desmatamento, pois estamos tirando os transmissores do seu habitat natural. Estudos apontam que a extensão agrícola e as queimadas podem estar ligeiramente ligadas ao aumento na transmissão da malária.

Além disso, não podemos esquecer da saúde mental da população que já vive com sintomas principalmente quanto a sensação de calor entre os idosos e aqueles com comorbidades associados, como hipertensão e diabetes.

Qual o envolvimento da humanidade nas mudanças climáticas?

A produção incessante de lixo, o desmatamento, a queima de biomassa em florestas tropicais, o uso de maneira irresponsável dos recursos naturais, a poluição ambiental e o constante aumento das áreas urbanas são verdadeiramente responsáveis por causar impactos negativos no meio ambiente, dentre estes, as alterações no clima, o qual por seu turno também se reflete nas crises socioeconômicas.

Quem são as populações mais vulneráveis às consequências da seca?

A sociedade acaba sofrendo como um todo, porém existem alguns grupos que são mais suscetíveis aos efeitos da seca. No caso de internações por asma e/ou diarreia, dengue afetam respectivamente mais crianças e jovens/adolescentes. Além desses, outros grupos populacionais também são mais afetados, como os mais pobres, as mulheres, os imunocomprometidos e os agricultores com idade maior de 60 anos.

Fonte: BARCELLOS et al, 2009.
National Geographic Brasil