No Brasil, o parasitismo intestinal ainda é um grave problema de saúde pública. As infecções por parasitas intestinais ocorrem, comumente, por um desequilíbrio ecológico entre parasita-hospedeiro-ambiente.
Essa tríade depende das condições do hospedeiro (estado nutricional, situação imunológica, aspectos comportamentais e sociais, etc.), do parasita (resistência ao sistema imunológico do hospedeiro, patogenicidade, entre outros) e do ambiente (deficiência de saneamento básico, higiene pessoal e da comunidade e nível socioeconômico do local).
As áreas identificadas como de alto risco e, portanto, apresentando indivíduos com maiores cargas parasitárias têm, consequentemente, maior potencial de contaminação do ambiente. Essa situação leva não apenas a um maior número de indivíduos infectados, mas também à manutenção do processo de regulação natural do parasita, caso não haja uma mudança destas condições socioambientais.
Com relação a parasitoses presentes nas diferentes faixas etárias, é evidenciado maior prevalência de parasitas entre crianças e jovens até 24 anos, sobretudo devido hábitos de higiene, alimentares e de levar a mão a boca.
Para minimizar as enfermidades parasitárias, algumas medidas são necessárias como:
- O investimento na infraestrutura sanitária;
- Ações de prevenção junto à população;
- Orientações sobre cuidados com o meio ambiente e a saúde.
Alguns cuidados a mais:
- Ingestão de água tratada e fervida;
- Higiene pessoal;
- Preparação e conservação adequada dos alimentos;
- Melhoria das condições socioeconômicas e educação em saúde.
Igualmente, demanda-se a participação da sociedade para definição de melhores estratégias e políticas publicas que propiciam a participação da população e melhoria de sua qualidade de vida.
Por: Carlos Ramon Rocha e Joyce Andrade.
Fonte: Busato et al, 2014.