EM PETROLINA (PE) PESQUISA REVELA DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Além de desenvolver atividades de Educação Ambiental nas escolas e comunidades, o Programa Escola Verde (PEV) também se preocupa com a produção de conhecimentos sobre esta realidade para que as ações de mobilização e enfrentamento sejam mais eficientes.

Com esta finalidade foi realizada Pesquisa com aplicação de Formulários Semiestruturados em 17 instituições de ensino de educação básica da cidade de Petrolina (PE), das quais 11  foram escolas municipais e 6 eram estaduais. Os Formulários foram preenchidos pelos integrantes do PEV, com o auxilio de informações fornecidas por gestores e funcionários, entre os meses de Janeiro e Julho de 2019.

A amostra é do tipo não-probabilística. Os nomes das escolas, gestores e funcionários, foram mantidos em sigilo em respeito aos princípios da ética em pesquisa.

ANÁLISE DOS DADOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS 

Os dados mostraram que das 11 escolas pesquisadas em 90,9% delas não ocorrem práticas de Coleta Seletiva, sendo que apenas 9,1% possuem coleta dos rejeitos de maneira parcial. Ou seja, nenhuma escola pesquisada realiza de forma efetiva e continuada a separação de resíduos sólidos.

Outro dado alarmante é que 81,8% das escolas investigadas não possuem nenhum projeto permanente de educação ambiental. Este percentual é muito alto tendo em vista que a EA é um tema obrigatório em todas as disciplinas das escolas, além de estar ligada diretamente com a formação da cidadania dos alunos.

Em 45,5% destas escolas não foi identificada áreas verdes com árvores de copa grande capazes de fazer sombreamento, ao passo que 36,4% das unidades existirem áreas verdes em mais de 30% do terreno da instituição; em outros 18,2% existe de forma parcial. Em decorrência disso, em 81,8% das escolas foram observadas necessidades de atividades de arborização do PEV, outros 9,1% não precisam e 9,1% necessita parcialmente.

Outro problema identificado foi à ausência de hortas escolares. Em 72,7% das unidades não foram observadas quaisquer iniciativas neste sentido. Apenas uma escola possui  (9%) e outra (9%) está em fase de construção. 

Em relação a formação de Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA) o problema é gravíssimo, tendo em vista que nenhuma (100%) das escolas  possuíam esta comissão formada e institucionalizada.

72% das escolas apresentam algum tipo de problema com a água potável, com o consumo in natura, vazamentos e falta ocasional do líquido. Em 10 % das instituições foram relatados problemas de saúde ambiental, com infestação de piolhos e mosquitos.

Dos meios de comunicação usados pelas escolas, percebeu-se que 90,9% fazem uso de computadores, 63,6% utilizam à televisão, 90,09% fazem uso da internet, 54,5% usam o celular.

ANÁLISE DOS DADOS DAS ESCOLAS ESTADUAIS 

Em todas as pesquisas desenvolvidas pelo PEV nesse primeiro semestre de 2019 foi possível perceber que as dificuldades das escolas estaduais em relação ao meio ambiente e a Educação Ambiental são bastante relevantes.

Em todas as escolas investigadas (100%) não foi relatada ou identificado nenhum projeto permanente de educação ambiental.

Dos meios de comunicação usados pelas escolas estaduais, foi observado que (83,3%) fazem uso de computadores e (83,3%) usam a internet, (66,6%) utiliza televisão, e 66,6% o celular. 

Nenhuma (100%) das escolas pesquisadas possuía hortas no momento da investigação.

Igualmente, nenhuma (100%) das 6 unidades selecionadas pelo estudo apresentavam a formação e funcionamento da COM-VIDA.

Em relação a área verde os dados também não são animadores, em 55,6% das escolas esta cobertura verde ocorre de forma parcial e 11,1% das unidades não há qualquer área verde, ou árvore.

Por isso, em 71,3% das escolas foi identificada a necessidade de ações de Arborização e 14,3% apenas uma arborização parcial do espaço. 

Em relação a coleta seletiva dos rejeitos sólidos, em 66,6% não ocorrem esta prática sustentável tão necessária, apenas em 16,6% ocorre de forma parcial.

Tratando-se dos problemas de saúde enfrentados pelas escolas estaduais, em 33,3% das instituições foram relatados problemas como infestações de mosquitos e viroses.

Foi também observado que 33,3% possuíam problemas com o consumo d’água, sobretudo a falta do líquido no colégio.

Por Paloma Cristina 
Categoria: Pesquisa.