BALANÇO DO IV COBEAI REVELA SER A EDIÇÃO MAIS EXITOSA

Terminou na noite desta quinta-feira (6) a edição mais bem sucedida e diversificada do Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Interdisciplinar (COBEAI). Ao longo de três dias e três noites, cerca de 2 mil pessoas entre a equipe, visitantes, palestrantes, inscritos e expositores da região de várias regiões do Brasil participaram de conferências, minicursos, exposições científicas, apresentações orais, oficinas, mesas redondas e visitas técnicas.

 

O IV COBEAI trouxe para discussão o tema ‘O Meio Ambiente como uma Problemática Social’ e foi marcado também pela participação de alunos e professores das escolas públicas de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Ocupando todos os espaços do Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) campus Juazeiro (BA) o congresso teve início na manhã da última terça-feira (4).

 

SHOW CULTURAL

 

O show que deu o ponta pé inicial ao evento exaltou as riquezas naturais e culrurais da Caatinga e do Vale do São Francisco, tendo como atração especial o cantor Carlos Mariano. A apresentação ocorreu no palco do auditório principal e foi uma deixa para o começo imediato das primeiras atividades do congresso.

 

SOLENIDADE DE ABERTURA

 

Em seguida ao show ocorreu a cerimônia de abertura do IV COBEAI, na qual estiveram presentes o coordenador geral do evento e do Programa Escola Verde, Paulo Ramos; o vice-reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, representando o reitor Julianeli Tolentino;  o prof Sidclay Pereira, representando a UPE; a profª Maria Herbenia (UNEB), o prof Habib (Facape), o prof Celso Franca, coordenador desta edição do COBEAI,  além de representantes  do Instituto Federal (IF-Sertão), Corpo de Bombeiros/PE e Codevasf.

 

Na ocasião, Paulo Ramos destacou o papel mobilizador do congresso para o Vale do São Francisco, enfatizando que o momento oportuniza a “reunião de conhecimento de várias regiões do país, o intercâmbio de experiências e uma aprendizagem colaborativa entre os participantes”. Para o professor, o IV COBEAI foi o coroamento das ações que o PEV desenvolve continuamente nas escolas e comunidades da região ao longo de 2018.

 

CONFERÊNCIAS

 

Na programação desenvolvida no congresso, destaque para a Conferência de Abertura da Profª Dra. Martha Tristão (UFES), que atraiu a atenção do público no auditório principal ao discursar sobre a ‘Educação Ambiental na era do Pós-Colonialismo’. Durante sua palestra, a coordenação do IV COBEAI chegou a registrar a participação de aproximadamente 400 pessoas no auditório.

 

No dia seguinte (5), outras conferências discutiram temas, como: ‘Valorização Ambiental do Solo’, ‘Aplicabilidade do Cultivo Hidropônico Para a Realidade da Região Semiárida’, ‘Uso Consciente da Água’ e ‘A Importância da Gestão dos Resíduos Sólidos à Luz da Lei 12.305’.

 

MINICURSOS

 

Muito procurados no IV COBEAI, os 16 minicursos da grade adentraram as tardes dos dias 4 e 5 mobilizando congressistas locais e de outras regiões, que buscaram por temas relacionados à diferentes problemáticas socioambientais. Dentre os assuntos destaque para: ‘Educomunicação para Convivência com o Semiárido’, ‘Educação Ambiental e Meliponicultura: desenvolvendo ações pedagógicas a partir das abelhas nativas’, ‘A utilização da educação ambiental aplicado no uso correto de defensivos agrícola em propriedades de agricultura familiar’,  ‘Indicadores de sustentabilidade’, e ‘Levantamento topográfico com o uso de Smartphones’.

 

OFICINAS

 

Destaque também para as oficinas realizadas no dia 5, das 19h às 22h. Usando ferramentas e modelos de manuseios práticos, os instrutores chamaram a atenção e dinamizďaram as aulas. Temáticas como ‘Trabalhando artesanato com garrafa PET’, ‘Produção e Manejo de Mudas de Hortaliças para Cultivo em Hortas Escolares’ e ‘Introdução à Paleontologia: conhecendo a flora e fauna fóssil do Brasil’ foram ministradas por pesquisadores, professores, artesãos e ativistas ambientais nos sete auditórios do Multieventos.

 

MESAS REDONDAS

 

 Os vários temas propostos pelo congresso durante as sete mesas redondas possibilitaram um debate aberto e interativo, com troca de experiências sobre diversos temas socioambientais. Das 19h às 21h da terça (4), os participantes debateram assuntos como: ‘Ecologia em Saúde: Dilemas e Perspectivas’, ‘Patentes Verdes’, ‘Patrimônio Ambiental do Semiárido e a Educação Ambiental Preventiva’, ‘Criação e implementação de unidades de conservação na região norte da Bahia’, e ‘ Tecnologias Sociais e Empreendedorismo Social: Educação Com e Para o Meio Ambiente’.

 

VISITAS TÉCNICAS

 

As incursões ocorreram durante a manhã do último dia (6) e foram realizadas no reservatório da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Sobradinho; onde conheceram o processo de produção de energia e a crise hídrica que assola a barragem e o Rio São Francisco. 

 

No Centro de Manejo da Fauna da Caatinga (Cemafauna), puderam visitar o Museu da Fauna da Caatinga e conhecer os procedimentos de resgate, recuperação e soltura de várias espécies  desenvolvidos pela instituição. 

 

Também visitaram a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), oportunidade em que realizaram uma Trilha Ecológica pela reserva de Caatinga e conheceram os experimentos agropecuários da Empresa. 

 

Outro local visitado foi a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), ocasião em que os congressistas presenciaram in loco os procedimentos para o captação,  tratamento e distribuição de água potavel para a população. 

 

Na Companhia de Desenvolvimento do Vale Vale do São Francisco (CODEVASF), na comunidade do Bebedouro,  os visitantes conheceram vários procedimentos e experimentos realizados pela instituição,  com destaque para a produção de alevinos que são utilizados no peixamento do Rio São Francisco. 

 

EXPOSIÇÃO DE BANNERS E APRESENTAÇÕES ORAIS

 

Com o alto número de 276 trabalhos  científicos aprovados para os 14 Grupos de Trabalho (GT) do evento, os coordenadores tiveram que ser ágeis para ordenar a exposição dos trabalhos em formatos de banner (painel) e acompanhar as Apresentações Orais. A grande quantidade de congressistas propiciou a interação com os expositores, sendo destacada a riqueza e importância estratégica de alguns trabalhos expostos no evento.

 

DEPOIMENTOS

 

“Todas as oficinas e palestras foram experiências únicas para mim, uma vez que a educação ambiental é muito importante para minha área enquanto biólogo. E o fato de estarmos passando por um momento sério de discussões sobre o papel da sustentabilidade e educação ambiental para o país, me fez querer participar do COBEAI mais ainda”, disse Fábio, estudante de Biologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

 
“Os organizadores estão de parabéns pelo evento. Foram momentos muito ricos de aprendizagem e trocas de conhecimentos “, observou José Antonio,  da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
 
“Estou muito satisfeita com as atividades do COBEAI.  Superou minhas expectativas.  Vou guardar com muito carinho estes momentos”, garantiu Daniela Araújo, estudante da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).
 
“Gostei muito do COBEAI. Volto novamente na próxima edição e vou recomendar para meus amigos”, comentou Ana Cristina,  do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

 

“A Educação Ambiental é uma discussão importante para a sociedade e que deve ser pautada dentro e fora das instituições acadêmicas. Enquanto participei das oficinas, palestras, minicursos e visitas, pude perceber que existe um esforço dos palestrantes, instrutores, professores e mesmo dos alunos afim de realmente levarmos a temática para fora dos portões das faculdades”, ressaltou a congressista Camila, aluna do 7º período de Ciências Biológicas da UFAL, que participou do COBEAI pelo segundo ano consecutivo.

 
“Parabéns aos idealizados e organizadores do Congresso. Foi um evento muito bom, com temas muito atuais e importantes.  Recomendo!”, enfatizou Sérgio Pereira,  da Universidade Federal do Maranhão. 
 
“Eventos como o COBEAI devem ser divulgados por todos que fazem parte da academia, pois é um dos raros momentos onde se promove a interdisciplinaridade e o diálogo entre os saberes científicos e tradicionais, com fico na Educação Ambiental”, observou Damares Junior, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).