A fitoterapia é um método de tratamento caracterizado pela utilização de plantas medicinais nas suas diversas preparações, constituindo uma forma de terapia integral e complementar às necessidades de saúde.
O uso de plantas medicinais é impulsionado no Brasil por fatores como a diversidade de plantas, o uso cotidiano das populações tradicionais e indígenas e o baixo custo associado ao tratamento, que chamam a atenção de programas de saúde e profissionais.
A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas (PNPMF) e a Política Nacional de Prática Integral e Complementar (PNPIC), criadas em 2006, aumentaram as oportunidades, importância, dificuldades e facilidades para a implementação da fitoterapia nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além dessas, a Lista Nacional de Plantas Medicinais do SUS (RENISUS) também apresenta 71 espécies de plantas que podem produzir tratamentos no SUS.
Atualmente, o Ministério da Saúde divide os produtos derivados de plantas em duas categorias, a primeira categoria São fitoterápicos medicamentos que devem passar por testes clínicos para serem seguros e eficazes. A segunda categoria são os produtos fitoterápicos tradicionais que podem ser registrados por meio da certificação tradicional.
Diversos estudos afirmam que o uso de plantas medicinais está relacionado à cultura popular, que é transmitida de geração em geração nas comunidades tradicionais. Esse conhecimento empírico não deve ser subestimado, pois muitos efeitos atuais das espécies vegetais são conhecidos a partir daí.
Entretanto várias plantas têm efeitos tóxicos, e há uma ideia errada de que tudo que é natural é inofensivo. E isto precisa ser revisto e compreendido pela sociedade e pelas equipes multidisciplinares de Saúde; prevenindo assim casos de intoxicação que podem levar a óbito.
Os profissionais de saúde são profissionais qualificados, responsáveis por diagnosticar e instruir os tratamentos adequados para a mais ampla variedade de patologias.
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) do Ministério da Saúde aprovou o Momento Fitoterápico, que é um dos compêndios da Farmacopeia Brasileira com informações úteis para a prescrição de fitoterápicos.
O objetivo é propor políticas de incentivo à pesquisa com plantas medicinais para evitar os efeitos irracionais e os danos causados pelo uso abusivo desse tratamento, além de colocar em prática os benefícios comprovados.
FONTE:
MORAES, E. F et al. Conhecimento e Uso de Plantas Medicinais por Usuários de Unidades Básicas de Saúde na Região de Colombo, PR. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2018.
Por Erika Pinheiro