DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA E POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Os problemas respiratórios representam importante causa de morbidade na distribuição das doenças no Brasil. Uma das principais causas de acometimento respiratório é a poluição atmosférica, dentre outros fatores biológicos, ambientais, econômicos ou sociais.

Por que as crianças são mais suscetíveis a doenças respiratórias com a poluição?

As crianças apresentam grande suscetibilidade à exposição aos poluentes aéreos devido a características anatomofisiológicos e à imaturidade do seu sistema imunológico.
Doenças respiratórias são um importante problema de saúde pública, chegando a constituir 16% das internações no Sistema Único de Saúde e representam atualmente a principal causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos de idade.

Quais são os problemas que a poluição ambiental pode causar na criança?

A poluição ambiental está associada a uma grande variedade de efeitos adversos na saúde das crianças como: aumento da mortalidade em regiões altamente poluídas, aumento generalizado da mortalidade infantil, aumento da morbidade pulmonar aguda, agravamento da asma em unidades de emergências hospitalares, aumento de sintomas infantis predominantemente respiratórios, episódios infecciosos de longa duração, diminuição da função pulmonar relacionada ao aumento da poluição atmosférica, aumento de faltas escolares ou no maternal.

O que podemos fazer para evitar essas doenças respiratórias?

Além do controle da poluição, modificações comportamentais como manutenção da amamentação, não exposição da criança à fumaça de cigarro em âmbito doméstico, limpeza contínua da moradia e dos brinquedos com que a criança entra em contato e seguimento correto das orientações médicas.

Também é importante a vacinação, a fim de evitar as doenças infecciosas, bem como as imunoalérgicas, visto que infecções podem ser fatores desencadeadores para essas doenças.

Por Júlia Ferraz e Thiago Reis
Categoria: Saúde Ambiental
Fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia e Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade