INJUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL: ESTUDO DE CASO DOS AGRAVOS NA SAÚDE RESPIRATÓRIA DAS POPULAÇÕES PRÓXIMAS ÀS BLENDEIRAS DE MAGÉ

Autores

  • Lívia Salgado Cardoso dos Santos UERJ Autor
  • Ubirajara Aluizio de Oliveira Mattos Universidade do Estado do Rio de Janeiro Autor

DOI:

https://doi.org/10.5281/

Palavras-chave:

Injustiça Socioambiental, Zonas de Sacrifício, Poluição Atmosférica, Vulnerabilidade Social, Blendagem

Resumo

A injustiça socioambiental ocorre quando a maior parcela dos danos ambientais do desenvolvimento é destinada às populações de baixa renda, marginalizadas e vulneráveis e a grupos raciais discriminados. Em Magé, região metropolitana do Rio de Janeiro, as unidades de blendagem – espaço onde ocorre a mistura de diversos resíduos para posterior queima em fornos de fabricação do cimento – localizam-se em áreas de vulnerabilidade social, onde concentra-se uma população com baixa escolaridade e renda, com pouco ou nenhum acesso à serviços básicos e de baixíssima mobilização. A pesquisa teve como objetivo identificar a injustiça socioambiental sofrida pelas populações vizinhas às unidades de blendagem no município de Magé no Estado do Rio de Janeiro, visto que são obrigadas a conviver com a poluição atmosférica oriunda da atividade citada acima. Para isso, foram levantados dados da qualidade do ar fornecidos pelo INEA, dados de internações por doenças respiratórias, providos pelo site DATASUS e aplicação do questionário de Sintomas Respiratórios do British Medical Research Council para extrair dados socioeconômicos da população e outras informações acerca da saúde. Os resultados mostraram a existência de constante poluição atmosférica e agravos na saúde dos trabalhadores e das populações que residem próximo à essas instalações e, ao mesmo tempo, o consentimento do poder público para tal degradação, justificando a existência de zonas de sacrifício em prol do desenvolvimento econômico.

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Publicado

17-02-2025